terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Escola de Música tem 300 novos alunos na Paraíba

Com 80 anos de contribuição à cultura do Estado, o ensino da música na Escola Anthenor Navarro se fortalece a cada novo período letivo. Essa força pode ser constatada na quantidade de alunos matriculados. A­­­­­­­­­­­­­­­­­­­o todo, são 700, entre crianças a partir dos 6 anos de idade, jovens e adultos. Desse total, 300 são novatos.
A procura não é por acaso. A escola é referência no ensino da música no Nordeste. Das lições de professores como o maestro Luiz Carlos Durier, o violonista Tom K ou o regente e compositor Augusto Simões, que também foi diretor da escola, renomados músicos e musicistas trilharam caminhos de sucesso na arte.
Uma das alunas novatas é Elisa de Araujo Chaves, de 12 anos. Há pouco tempo ela iniciou o aprendizado de violino. A menina, que se interessou pela música depois de assistir a uma apresentação popular, surpreende ao afirmar que começar a estudar violino não é tão difícil quanto parece. "O legal é que não achei difíceis as primeiras lições do violino. O começo é mais fácil do que eu imaginava. Se eu me sair bem na Eman, vou querer seguir carreira”, disse.
Para Cremilda Dias da Silva, a iniciação musical não está sendo tão fácil como é para Elisa. Aos 62 anos de idade, ela resolveu ingressar na escola para realizar o sonho de ser corista e está firme na decisão que tomou. "Eu comecei a assistir as aulas e confesso que estou achando difícil, pois nunca tive nenhum tipo de aula de música. Mas não vou desistir, não! Eu vou continuar, até porque estou recebendo muita atenção e apoio dos professores”, afirmou.
Apesar da procura por vagas na escola, a diretora da Eman, Vólia Campos Simões, que está à frente da instituição há 17 anos, reclama da falta de perseverança de alguns alunos, que prejudica aqueles que, como Elisa, sonham em ingressar no estudo musical. "Ainda enfrentamos a desistência de alunos no meio do curso, o que é um problema, pois essas vagas poderiam estar sendo ocupadas por jovens que realmente desejam estudar música e seguir a carreira”, lamentou.
A formação oferecida pela escola é de nível médio, mas, ao concluir o curso, os alunos adquirem uma sólida base musical que os permite ingressar no mercado de trabalho ou em cursos superiores de música.
Os principais instrumentos que compõem uma orquestra são ensinados pela Eman, além de técnica vocal e matérias teóricas. Os instrumentos mais procurados são aqueles também mais requisitados pelas orquestras: primeiro, os que compõem o naipe de cordas; em seguida, os instrumentos de sopro. A menor procura é pelos instrumentos de percussão. As aulas são ministradas pelos 36 professores que fazem parte do corpo docente da instituição.
Seis anos – A rotina de um estudante da Eman é intensa. No curso, que tem duração de seis anos (12 semestres), eles recebem aulas teóricas e práticas, estudam história da música, harmonia e outras matérias essenciais ao aprendizado. No primeiro período do curso, o aluno só tem contato com a teoria, para se adaptar à linguagem musical. No segundo momento, eles se submetem a uma prova rítmica e melódica, e, após a aprovação no teste, são admitidos para se dedicar à parte técnica com o instrumento que tenham mais aptidão.
Ao ingressar no estudo prático, o aluno assiste a três aulas particulares por semana e ainda acumula o compromisso de dedicar parte do tempo livre ao estudo doméstico.
Por tamanha dedicação oferecida e exigida dos alunos, a missão da Eman de contribuir para a formação de grandes músicos e professores continua nos dias de hoje. A escola se orgulha de ter ex-alunos estudando em outros países, a exemplo de Edvani Kleber, que faz mestrado em violoncelo no Canadá; Félicia Coelho, doutoranda de flauta nos Estados Unidos; e Roberta Benjamim, que estuda oboé na Suíça. Esses são apenas alguns dos bons frutos colhidos pela instituição.
A escola de música Antenor Navarro é vinculada à Secretaria de Estado da Educação (SEE) e funciona nas dependências do Espaço Cultural José Lins do Rego, ambiente que também sedia a Orquestra Sinfônica da Paraíba, a Orquestra Jovem da Paraíba, a Orquestra Infantil da Paraíba e os corais Sinfônico e Infantil da Paraíba.
Da Secom/PB
Fonte: www.portalcorreio.com.br 

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