segunda-feira, 12 de março de 2012

Como fazer documentários? Livro apresenta conceito, linguagem e técnica

Livro do roteirista, documentarista e professor Luiz Carlos Lucena faz uma reflexão sobre a evolução do gênero 
O crescimento do uso da internet e as facilidades incorporadas aos dispositivos móveis - celulares, máquinas fotográficas, tablets, netbooks - que possibilitam gravar imagens em alta resolução, vêm provocando um boom de reportagens, filmes de curta metragem, documentários e até mesmo obras de ficção. Hoje, qualquer pessoa pode produzir um vídeo e postá-lo no YouTube. Mas como fazê-lo com qualidade numa era em que as imagens competem entre si e a atenção do espectador está cada vez mais fragmentada?
Esse é um dos assuntos abordados em Como fazer documentários - Conceito, linguagem e prática de produção, do documentarista e professor Luiz Carlos Lucena. Estudioso e produtor na área do audiovisual, o autor produziu uma obra de referência para estudantes de cinema, videomakers, designers, jornalistas, pesquisadores e leigos interessados na linguagem audiovisual. De forma didática e aprofundada ele mescla, em 14 capítulos, história e técnica, dicas práticas e informação de ponta.
Partindo de uma reflexão histórica sobre o gênero, Lucena afirma: "O documentário fala de forma direta, nos faz prestar atenção, trata quase sempre do mundo real, nos obriga a tomar posições."
Nos capítulos iniciais, o autor fala sobre a linguagem do documentário, as ideias para compor o roteiro, a sinopse e o argumento, ou seja, a espinha dorsal na qual o filme se baseará. Em seguida aborda o roteiro, a entrevista no documentário e a forma de trabalhar com a câmera para obter planos e enquadramentos adequados.
O som direto e a imagem digital também fazem parte das reflexões de Lucena sobre a realidade atual, bem como a importância da boa edição - que hoje é feita de forma não linear e tem na manipulação de imagens sua principal ferramenta.
Por fim, Lucena dá dicas práticas para a divulgação de documentários na internet. "A rede é hoje um repositório de filmes profissionais e amadores de todo o mundo; por meio dela, seu vídeo poderá ser visto por pessoas nos quatro cantos do planeta. Mas isso dependerá da qualidade ou interesse do trabalho e do seu esforço em divulgá-lo", explica.
A obra traz ainda um capítulo especial que aborda a influência do documentário na ficção brasileira. "O cinema documental brasileiro passou por mudanças fantásticas nos últimos anos, acompanhando o movimento de retomada do cinema de ficção. E não apenas no que diz respeito à qualidade e à quantidade, mas principalmente em relação às novas formas de abordagem e novas linguagens adotadas pelos cineastas, muito deles provenientes do cinema de ficção ou de áreas mais distantes, como a arquitetura, a antropologia e as ciências sociais. E esse cinema documental influi fortemente na linguagem e produção do cinema comercial de ficção", afirma Lucena.
O autor
Formado em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), Luiz Carlos Lucena é mestre em Comunicação Audiovisual pela mesma universidade. Documentarista, roteirista premiado e escritor, é professor titular das disciplinas da área de Audiovisual na Universidade Estácio-SP. Tem artigos publicados em jornais e revistas do Brasil e do exterior. Em 2006, ganhou o prêmio da Secretaria de Estado da Cultura com o romance Fogo Cruzado. Publicou no ano seguinte um ensaio sobre sua dissertação de mestrado, Nem tudo é verdade - A produção do real no documentário contemporâneo.
Serviço
Título: Como fazer documentários - Conceito, linguagem e prática de produção
Autor: Luiz Carlos Lucena
Editora: Summus Editorial
Preço: R$ 36,20
Páginas: 128 (14 x 21)
ISBN: 978-85-323-0656-2

Fonte.www.cartazdecinema.com.br

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