O espetáculo 'Hysteria', do Grupo XIX de Teatro, de São Paulo (SP), está em cartaz nesta quarta-feira (23) e quinta-feira (24), às 15h, na Escola Piollin, dentro da programação 'Mês da Cidadania Ativa para as Mulheres', que durante todo o mês de março realiza atividades de caráter educativo, sensibilizador e de combate à desigualdade de gênero. Esta ação cultural é promovida numa parceria entre a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (SPPM) e a Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope). O espetáculo é gratuito e tem capacidade para 100 espectadores, que receberão uma senha antes do inicio da apresentação. A distribuição é por ordem de chegada.
O espetáculo, com 70 minutos de duração, fala das relações sociais da mulher brasileira no final do século. No elenco estão Evelyn Klein, Mara Helleno, Janaina Leite, Juliana Sanches e Tatiana Caltabiano. A direção é de Luiz Fernando Marques e Graziella Mantovani assina a produção executiva.
Sinopse – No final do século XIX, nas dependências de um hospício feminino carioca, cinco personagens internadas como histéricas revelam seus desvios e contradições - reflexos diretos de uma sociedade em transição, na qual os valores burgueses buscavam adequar a mulher a um novo pacto social.
Cenicamente, abdica-se do palco e dos recursos de sonoplastia e iluminação, optando-se por um espaço não convencional, no qual a plateia masculina é separada da plateia feminina, que é convidada a interagir com as atrizes. Essa interação, aliada a textos previamente elaborados, gera uma dramaturgia híbrida, única a cada apresentação.
O resultado final deve-se à pesquisa e acompanhamento da história de cinco mulheres internadas no hospício Carioca Pedro II, em Praia Vermelha. Segundo os integrantes do grupo teatral, aproximar-se dessas mulheres diagnosticadas como histéricas é trazer à tona trajetórias pessoais e únicas, depoimentos de desejos abafados, relâmpagos de vivacidade, fragmentos de memórias que não poucas vezes parecem se confundir com as histórias das mulheres dos dias de hoje, que são delicadamente convidadas a participar da peça.
A história da mulher do século XIX é diurna. A ideia de abdicar dos holofotes e apresentar a peça utilizando a luz solar, além de uma coerência histórica, aproxima a nossa cena das referências pictóricas da época.
Grupo XIX de Teatro – Com um trabalho contínuo de 10 anos, o grupo teatral desenvolve uma pesquisa temática voltada para a história brasileira, uma pesquisa estética de exploração de prédios históricos como espaços cênicos e uma investigação sobre a participação ativa do público. Desde 2004, o grupo realiza uma residência artística, na tombada Vila Operária Maria Zélia, no Belém, em São Paulo. Hoje o grupo conta com o patrocínio da Petrobras.
Com sua primeira peça, 'Hysteria', o grupo ganhou cinco prêmios, foi considerado revelação teatral pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) além de ter sido indicado para o Prêmio Shell de Teatro. Realizou mais de 350 apresentações em mais de 80 cidades brasileiras e 14 cidades no exterior (Europa: Portugal, França e Inglaterra; África: Cabo Verde), participando dos principais festivais de teatro de língua portuguesa.
No ano de 2005, o grupo cumpriu uma temporada de dois meses em oito cidades francesas por ocasião do "L'annèe du Brèsil en France". Em 2008, na Inglaterra, apresentou-se em Londres e Manchester a convite do Barbican Center e do Contact Theatre. No ano de 2009, participou do projeto Palco Giratório, do SESC, realizando apresentações em 58 cidades das cicno regiões do Brasil.
Serviço – A Escola Piollin está localizada no bairro do Roger, ao lado do Parque Arruda Câmara (Bica).
Com informações de artistaspb.blogspot.com
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