terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ariano lota auditório no encerramento do 12º Festival de Artes de Areia

O escritor e dramaturgo Ariano Suassuna encerrou no domingo (18) a 12ª edição do Festival de Artes de Areia. Na aula-espetáculo acompanhada por mais de 500 pessoas, Ariano falou sobre a riqueza da cultura nordestina e a necessidade de valorização da cultura popular brasileira.
Suassuna emocionou a platéia com a sinceridade das palavras e a pujança de seus ideais. Narrou histórias de vida e falou sobre a experiência a frente da Secretaria da Cultura de Pernambuco. O escritor também congratulou o Governo da Paraíba, através da Secretaria de Estado da Cultura, pela iniciativa de reativar o Festival e resgatar a característica de ser um espaço de debates e reflexões sobre a cultura paraibana.
Aos 84 anos, Ariano Suassuna não abandonou suas convicções. Mantém aceso o ideal da valorização da cultura nordestina e sabe do seu papel na luta pela afirmação da cultura brasileira. “Enquanto existirem pessoas como eu, um livro nunca será ultrapassado por uma televisão”, comentou o escritor, respondendo ao questionamento em relação à cultura televisiva.
O escritor paraibano teceu críticas ao modelo de comunicação massiva instalado no Brasil e chamou de desserviço o papel dos meios de comunicação em relação à cultura popular brasileira. Para ele, “um cachorro só gosta de osso, pois é somente osso o que lhe dão. Mas se puder optar entre um bom filé e o velho osso, certamente não é osso que ele vai querer”, ilustrou.
Contudo, Ariano não abandonou a visão positiva em relação à cultura. Falou da importância das manifestações da cultura popular e exemplificou o Reisado de Zabelê, que fez apresentação antes de sua palestra, como legítima expressão da felicidade do povo. Segundo ele, a magia destas manifestações se encontra na capacidade de insurgirem em meio às dificuldades impostas pelas mazelas das condições sociais em que se inserem.
Após o espetáculo Ariano recebeu do secretário da Cultura da Paraíba Chico César a homenagem do 12º Festival de Artes de Areia. Simbolizada numa estatueta com características da cultura paraibana, a homenagem buscou reconhecer a contribuição do literato no desenvolvimento da cultura paraibana.
Fonte: paraiba.pb.gov.br

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