quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Edilson Alves - A irreverência e consolidação do Pastoril Profano






 Edilson Alves é uma pessoa que nasceu para o palco. Tanto é assim que, ainda cursando o ensino fundamental, já fazia teatro na escola. E não parou mais. São 30 anos de dedicação à arte de representar; e ele faz com tanto prazer e “tesão” que, se não fosse ator e diretor de teatro, só haveria uma chance de abraçar outra profissão: ser  administrador  de  teatro.
Ele conta que começou encenando pequenas peças teatrais na escola e depois se aproximou de um grupo de teatro amador. E lembra que iniciou fazendo teatro  infantil. “Todo ator, a meu ver, tem que passar pelo teatro infantil”, comentou, ressaltando que sempre gostou de fazer comédia, mas isso não quer dizer que também não tenha feito dramas. Ou seja, Edilson Alves é um ator de teatro completo, sem falar que há 20 anos começou a dirigir espetáculos teatrais. Mesmo assim, ainda se sente imaturo para fazer o seu primeiro solo para crianças.
“Eu faço teatro, sou ator, atuo e dirijo para crianças e adultos. Não tenho preferências, sou profissional, dependo do que quero fazer. E  faço com tesão”, destacou, adiantando que luta diariamente pelo  teatro paraibano e que sempre  se  relacionou  bem  com a  classe  artística. E faz questão de ressalta que é “extremamente, radicalmente profissional e exijo isso  de quem  trabalha  comigo; consigo ser  chato. Quero o melhor  para  mim, para  meus  amigos, meus  trabalhos”.
Na sua trajetória, muitas alegrias e tristezas. “Mais alegrias que tristezas”, confessa, adiantando que já levou muitos nãos e perdeu atores na Companhia, mas, perseverante, plantou muitas árvores e hoje está colhendo os frutos.  Edilson trabalha no Núcleo de Teatro da Universidade Federal da Paraíba e dirige a Companhia Paraibana de Comédia e a Companhia Oxente de Atividades Culturais.
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Programa  A Hora do Chibata
Antes de chegar onde está, ele fundou o grupo Agitada Gang, junto com Madalena Aciolly, Dadá Venceslau, Adilson Lucena e Mônica  Maçedo e foi  membro da  comissão do  Fundo  Municipal  de  Cultura  da  Prefeitura Municipal de João Pessoa. Dos personagens que já desempenhou, acredita que o teve maior empatia junto ao público foi Filó, do programa  A Hora do Chibata, da TV Tambaú, até  porque  passou  14  anos no ar, feito inédito na  história  da  TV  paraibana.
Para Edilson Alves, ser artista na Paraíba é difícil, como em qualquer lugar do país, assim como também é difícil ser professor, médico, advogado, etc. “Porém muito prazeroso. Gosto muito do que faço, sem minha carreira, acho que seria administrador de teatro”, comentou.
Como tudo começou no Pastoril Profano
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Com entusiasmo, Edilson fala sobre como surgiu a idéia de montar o espetáculo Pastoril Profano, que está mais uma vez em cartaz no Teatro Santa Roza, desta vez prestando uma homenagem ao circo. “É uma  história muito longa”, observou, acrescentando que há 19 anos foi convidado pelo diretor do grupo Tenda, Geraldo Jorge, para fazer o Palhaço Dengoso na montagem que estava fazendo do Pastoril (na época desenvolvia  um palhaço  em festas  infantis).  Aceitou o convite, mas impôs que a produção do espetáculo fosse sua, pois já imaginava que seria sucesso. Foram seis anos no grupo Tenda.
Ele lembra que, com o passar do tempo, Geraldo Jorge desistiu de fazer o espetáculo e, em seguida, Edilson saiu do grupo Tenda. Montou  a  Companhia Paraibana de  Comédia e alguns  atores o seguiram e montaram com ele o primeiro espetáculo deste grupo – "Como enlouquecer um homem", baseado num livro dado  por  uma  atriz  amiga sua, que lhe disse: “Alves, esse livro  na  sua  mão daria  um espetáculo de sucesso". E não deu outra. Foram quatro anos em cartaz.
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Após esse tempo, veio a ideia de remontar o Pastoril Profano, do seu jeito, à sua maneira. Convidou novos atores, fez uma montagem  completamente diferente da que levou o nome de Geraldo Jorge, inovando também no cenário e nos figurinos, com mais ousadia “Afinal  era  uma nova  era”.
Daí para frente, mais uma ideia de fazer o Pastoril no verão, com a cidade de João Pessoa sempre lotada de  turistas. “Não deu outra, sucesso absoluto. Começamos no Teatro Paulo Pontes, com 800 lugares lotados  toda noite, em algumas  noites  fazendo  duas  sessões”, recorda, entusiasmado.
E destaca que a partir daí começou a trabalhar temas como um verão  em Tambaba, um verão  na  praia  da  Baía  da  Traição, uma sátira ao BBB, uma sátira aos nordestinos que  viajam para  o Rio de Janeiro como solução  para  resolver  seus  problemas - um  verão  carioca; no ano  passado,  um verão  americanalhado, uma sátira  ao  povo  brasileiro  com mania  de  “americanizar”  tudo; e  este  ano uma  grande  homenagem ao  circo”.
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Edilson Alves confessa, no entanto, que quando montou o espetáculo pela primeira vez, não tinha ideia de que viriam outros. “Tenho medo de  tudo, prefiro não acreditar, só  trabalho  assim, nunca  sei se  vai da certo. Por  isso sou chato,quero profissionalismo de toda  equipe, só assim posso  imaginar  que  poderá  dar  certo”, enfatizou.
Para ele, o sucesso do Pastoril a cada ano se deve ao carisma  dos  personagens, à identificação do público com alguns deles, além da ousadia, da  inovação e do profissionalismo  do grupo. “Queremos, exijo e preciso de respeito para  levar  500  pessoas  por  noite  ao  teatro, durante três meses de  temporada”

SERVIÇOS:
PASTORIL PROFANO – Um verão  circense – “Deus tomara que não chova”.
ONDE: Theatro  Santa  Roza
HORÁRIO: de  quinta  a  domingo -  (Fevereiro e  Março) – às  20 hs.
QUANTO: Ingressos  à  venda:  Glan Cabeleireiros, ao lado do posto 99, na  Av. Epitácio Pessoa  e  Loja Dom Gabriel – (Shopping Sul), Rei do Mate (Shopping Manaíra)  e  Lojas Herrero (Shopping  Tambiá) R$ 20,00 ( inteira )  e R$ 10,00 (estudante)
CONTATO: (83) 8888-3760 / 3218-4382/3043-6316 -9981-6520

 Fonte: www.ampliarpb.com.br

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